domingo, 28 de novembro de 2010

Bento XVI : se o amor para com todos é sincero tende espontaneamente a tornar-se atenção preferencial pelos mais débeis e pelos mais pobres. É nesta linha que se coloca a solicitude da Igreja pela vida nascente, a mais frágil, a mais ameaçada pelo egoísmo dos adultos e pelo obscurecimento das consciências .


 

Respeita, defende, ama e serve a vida, cada vida humana! Unicamente por esta estrada, encontrarás justiça, progresso, verdadeira liberdade, paz e felicidade! Bento XVI na vigília de oração pela vida nascente.




(27/11/2010) Por iniciativa de Bento XVI, a Igreja Católica celebrou neste sábado , em todo o mundo, uma vigília de oração pela “vida nascente”.

O próprio Papa assinalou a data, na Basílica de São Pedro, com a celebração das I vésperas do início do Advento, tempo litúrgico que antecede o Natal.

Na homilia Bento XVI agradeceu antes de mais a todos aqueles que aderiram a este convite e a   todos aqueles que se dedicam de maneira especial a acolher e guardar a vida humana nas varias situações de fragilidade, em particular no seu inicio e nos seus primeiros passos.

Acreditar em Jesus Cristo – salientou o Papa – exige também que se assuma uma olhar novo sobre o homem, um olhar de confiança, de esperança…O ser humano tem a exigência de ser reconhecido como valor em si mesmo e merece que o escutem sempre com respeito e com amor. Tem o direito de não ser tratado como um objecto que se deve possuir ou como uma coisa que se pode manipular á vontade, de não ser reduzido a simples instrumento em vantagem de outros e dos seus interesses.. A pessoa – acrescentou Bento XVI - é um bem em si mesma e é necessário procurar sempre o seu desenvolvimento integral. Depois – acrescentou o Papa – se o amor para com todos é sincero tende espontaneamente a tornar-se atenção preferencial pelos mais débeis e pelos mais pobres. É nesta linha que se coloca a solicitude da Igreja pela vida nascente, a mais frágil, a mais ameaçada pelo egoísmo dos adultos e pelo obscurecimento das consciências .

Na sua homilia durante a celebração das Primeiras Vésperas de Advento, na Basílica de S. Pedro o Papa salientou a existência de tendências culturais que procuram anestesiar as consciências com motivações pretestuosas. Acerca do embrião no seio materno, a própria ciência põe em evidencia a autonomia capaz de interacção com a mãe, a coordenação dos processos biológicos, a continuidade do desenvolvimento, a complexidade crescente do organismo. Não se trata – disse o Papa – de um cumulo de material biológico, mas sim de um novo ser vivo, dinâmico e maravilhosamente ordenado, um novo individuo da espécie humana.

Infelizmente – prosseguiu o Papa – também depois do nascimento, a vida das crianças continua a ser exposta ao abandono, á fome, á miséria, á doença, aos abusos, á violência, á exploração. Ás múltiplas violações dos seus direitos que se cometem no mundo ferem dolorosamente a consciência de cada homem de boa vontade. Perante o triste panorama das injustiças cometidas contra a vida do homem, antes e depois do nascimento faço meu - disse Bento XVI – o apelo apaixonado do Papa João Paulo II á responsabilidade de todos e de cada um:” respeita, defende, ama e serve a vida, cada vida humana! Unicamente por esta estrada, encontrarás justiça, progresso, verdadeira liberdade, paz e felicidade!

Exorto os protagonistas da politica, da economia e da comunicação social –disse a concluir – a fazerem tudo o que é possível para promover uma cultura sempre respeitosa da vida humana, para procurar condições favoráveis e redes de apoio ao seu acolhimento e desenvolvimento.